Serviços secretos detêm presidente do parlamento venezuelano e libertam-no pouco depois
Líder da oposição Venezuela mostrou-se disponível para assumir a Presidência da Venezuela, após o parlamento considerar o mandato de Nicolás Maduro como ilegítimo. Governo já afastou elementos que detiveram Juan Guaidó.
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O presidente do parlamento venezuelano e líder da oposição foi detido pelos serviços secretos da Venezuela (Serviço Secreto Bolivariano de Informações - Sebin) e libertado pouco tempo depois.
Juan Guaidó dirigia-se a uma reunião política fora de Caracas quando foi travado pelas autoridades. A denúncia da detenção foi feita pela mulher do líder da oposição, Fabiana Rosales, através do Twitter. "Denuncio: Sebin detém Juan Guaidó", escreveu na rede social.
Denunció
- Fabiana Rosales (@FabiiRosales) 13 de janeiro de 2019
SEBIN DETIENE A JUAN GUAIDÓ
Também no Twitter oficial de Juan Guaidó surgiu uma mensagem a confirmar a mesma informação, mas dando conta de que o presidente da Assembleia Nacional venezuelana estaria desaparecido.
#DENUNCIA
- Juan Guaidó (@jguaido) 13 de janeiro de 2019
Alertamos al mundo y al país que hoy #13Ene un comando del SEBIN interceptó al Presidente de la Asamblea Nacional de Venezuela @jguaido y desconocemos su paradero.
Cerca de uma hora depois, e de acordo com a Reuters que cita fontes oficiais, Juan Guaidó foi libertado. A informação viria a ser confirmada algumas horas depois pela mulher.
"Agradeço todas as reações imediatas de apoio face a esta violação cometida pela ditadura dos direitos do meu marido. Já estou com ele e vamos à reunião pública", escreveu Fabiana Rosales no Twitter.
"Já estou na minha terra Natal, no meu estado de Vargas. O regime quis prender-me, mas nada nem ninguém nos vai parar. Seguimos em frente pela nossa Venezuela", escreveu o líder da oposição na rede social, juntamente com uma fotografia rodeado de centenas de pessoas.
Ya estoy en mi cuna, en mi estado Vargas. El régimen pretendió detenerme, pero nada ni nadie nos detendrá. Aquí seguimos adelante por nuestra Venezuela. pic.twitter.com/xbvPXh1a8s
- Juan Guaidó (@jguaido) 13 de janeiro de 2019
O líder da oposição disse, na passada sexta-feira, que estava disposto a assumir a Presidência da Venezuela, numa altura em que o parlamento considerou que o segundo mandato de Nicolás Maduro é ilegítimo.
Governo fala em "procedimento irregular"
O Executivo da Venezuela ordenou que os agentes dos serviços secretos que detiveram o líder da oposição seja destituídos.
"Queremos informar todo povo da Venezuela que estes funcionários estão neste momento sendo destituídos e submetidos a um procedimento disciplinar mais estrito", afirmou o ministro venezuelano de Comunicação e Informação, Jorge Rodríguez. O governante acredita que a prisão de Juan Guaidó deve ser vista como um "procedimento irregular".
O ministro explicou ainda que estes "funcionários atuaram de maneira irregular" e considera que se sujeitaram a "um show", utilizado pela oposição para atacar o governo de Nicolás Maduro.
(Notícia atualizada às 20h37)